A maioria dos deputados apoiou a emenda que foi promovida pelo eurodeputado português Francisco Guerreiro - que se desvinculou recentemente do PAN - ao documento da PAC, elaborado pelo conservador alemão Peter Jahr. A aprovação foi garantida por 335 votos a favor, 297 contra e 60 abstenções. Os Verdes, a Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas e a Esquerda Unitária Europeia apoiaram a emenda, cujo texto destaca que dos apoios à produção "serão proporcionalmente excluídas as cabeças de gado cujo destino final seja a venda para atividades relacionadas com a tauromaquia", seja de forma direta ou através de intermediários.
Francisco Guerreiro congratulou-se nas redes sociais com a aprovação da emenda: "Numa Política Agrícola Comum minada pela obsessão pela super produção e crescimento económico, em clara desconsideração pelo ambiente, saúde humana e bem-estar animal, esta é uma pequena grande vitória contra a tauromaquia. Veremos agora se sobreviverá às negociações com a Comissão e o Conselho", sublinhou.
O partido ecologista espanhol Equo foi um dos que apoiaram o texto de Francisco Guerreiro e, segundo o porta-voz Florent Marcellessi, "deixa claro que o Parlamento Europeu não apoia a tauromaquia e não quer financiar nenhuma atividade que tenha relação direta ou indireta com as corridas de touros", sublinhou, citado pelo El País.
O Parlamento Europeu já votou noutras ocasiões a retirada do financiamento comunitário à tauromaquia, mas essas emendas não prosperaram nas negociações com o Conselho e Comissão Europeia e as ganadarias continuaram a receber fundos comunitários porque as ajudas da PAC são concedidas em função da superfície da propriedade, sem detalhar ao que são destinadas.
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