New in Setúbal: 'Autores setubalenses recebem prémio no maior festival de cinema vegan do mundo'

New in Setúbal: 'Autores setubalenses recebem prémio no maior festival de cinema vegan do mundo'

  • Sábado, 23 de Novembro de 2024

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primeira reunião de equipa decorreu no dia 2 de dezembro de 2022 e, nela, estava integrada Helena de Sousa Freitas, uma das impulsionadoras do projeto “Histórias que as Paredes Contam”, com vários murais alusivos à liberdade, aos diretos e à igualdade, espalhados pela cidade. A mais recente conquista da setubalense e doutorada em Ciências da Comunicação foi um prémio no conceituado e maior festival de cinema vegan do mundo.

A produção “Carne — A Pegada Insustentável”, com textos da autoria de Helena, é a grande vencedora da categoria Melhor Longa-Metragem no International Vegan Film Festival, realizado no Canadá. A cerimónia decorreu no sábado, 16 de novembro, em Toronto, e o galardão foi entregue ao realizador, Hugo de Almeida. Além dos textos escritos por Helena, Luís Humberto Teixeira, também de Setúbal, foi o responsável pela tradução.

A produção esteve a cargo do ex-eurodeputado Francisco Guerreiro, natural de Santiago do Cacém, e foi parcialmente filmada no distrito de Setúbal, entre Tróia, Setúbal e Palmela, tendo tido a sua antestreia em novembro de 2023, no Cinema Fernando Lopes, em Lisboa. Francisco Guerreiro desafiou Helena e Luís a integrar a equipa de criação do documentário, em 2022. Ambos aceitaram e, assim, juntaram-se à produtora-executiva Sandra Marques.

O trabalho prolongou-se por quase um ano, com as filmagens a decorrerem de norte a sul do País e a levar parte da equipa à Bélgica e a França, bem como ao Reino Unido, para entrevistar o ambientalista George Monbiot. O Líbano foi outra das paragens, para conhecer e divulgar o trabalho levado a cabo pelo Hayek Hospital, onde a comida vegan é servida a todos os pacientes como parte do esforço para que recuperem a saúde.

O cartaz.

Helena de Sousa Freitas, autora dos textos que surgem no documentário pela voz do ator Heitor Lourenço, considera “uma honra” ter feito parte de uma equipa que trabalhou “de forma tão convicta e empenhada, num clima de permanente entreajuda, sem egos salientes ou regras a surgirem sem diálogo prévio” e entende que a distinção vai, primeiramente, para o realizador, “que, desde o primeiro minuto, se dedicou de alma e coração ao projeto idealizado pelo Francisco Guerreiro, tornando-o também profundamente seu”.

No momento da entrega dos prémios, Hugo de Almeida revelou que a sua expectativa para o documentário é de que este “lembre a todos que a bondade não é uma fraqueza, mas uma força poderosa que podemos escolher abraçar; que a educação continua a ser uma das maiores ferramentas para abrir corações e mudar mentes; e que um mundo equilibrado e evoluído só é possível quando o respeito e a empatia se tornam os nossos princípios orientadores”.

Por sua vez, Francisco Guerreiro, assinala que o prémio “representa mais um reconhecimento internacional do trabalho documental português”, acrescentando que o facto de “Carne – A Pegada Insustentável” já ter sido distinguido no Canadá, Alemanha, Brasil e Finlândia, mas não ter sido aceite no circuito de festivais ambientais nacionais, “diz muito do trabalho que ainda tem de ser feito no nosso país para se educar para os reais impactos do consumo de animais na saúde e no ambiente”.

Da distinção atribuída pelo International Vegan Film Festival faz parte a inclusão do documentário numa digressão que, ao longo de um ano, divulgará o trabalho a nível mundial.

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