Eurodeputados questionam sobre campanhas de desinformação pró-russa em redes sociais

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Bruxelas, 5 de janeiro de 2023 - Vários Eurodeputados, incluindo Francisco Guerreiro questionaram a Comissão Europeia sobre que medidas estão a tomar acerca das campanhas de desinformação pró-russa que acontecem em grande escala no Twitter e no Facebook.

Leia a questão abaixo:

Assunto: Campanhas de desinformação pró-russa em grande escala no Twitter e no Facebook

Os relatórios da organização EU DisinfoLab[1] revelam a existência de campanhas em grande escala para disseminar desinformação pró-russa em linha na UE. Foram criadas versões falsas de pelo menos 17 órgãos noticiosos, como o The Guardian e o Bild, para difundir desinformação pró-russa. Estes sítios falsos estavam alojados em nomes de domínio semelhantes aos dos órgãos noticiosos em causa e foram promovidos através de anúncios pagos no Facebook. Posteriormente, os sistemas de recomendação e as redes de robôs digitais deram visibilidade a estes sítios falsos no Twitter e no Facebook.

Este é apenas um exemplo da dimensão das infraestruturas existentes para minar a verdade, a confiança e a democracia, polarizar a sociedade, e disseminar a desinformação. O facto de o Facebook ter recebido 105 000 USD por uma campanha[2] revela até que ponto os incentivos financeiros distorceram profundamente as suas prioridades.

1. Considera a Comissão que tais incentivos financeiros encorajam as empresas a cumprir o Código de Conduta da UE sobre Desinformação, de caráter não vinculativo? Pode a Comissão ajustar de forma significativa o equilíbrio destes incentivos?

2. Que medidas pode a Comissão tomar face a este incumprimento manifesto dos compromissos assumidos pelas empresas ao abrigo do Código? De que forma permitirá o Regulamento Serviços Digitais que a Comissão combata as práticas de manipulação?

3. Como pode a Comissão intervir no âmbito destes sistemas de recomendação baseados na interação, que são claramente suscetíveis de manipulação e que polarizam as nossas sociedades e constituem uma ameaça direta às nossas democracias?

Leia a resposta da Comissão abaixo:

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