Pergunta à Comissão: Criações de visons com teste positivo ao SARS-CoV-2
Veja aqui a pergunta conjunta dos eurodeputados dos Verdes/ALE Francisco Guerreiro, Caroline Roose e Tilly Metz à Comissão Europeia e respetiva resposta sobre as criações de visons com teste positivo ao SARS-CoV-2.
Assunto: Criações de visons com teste positivo ao SARS-CoV-2
Várias explorações de criação de visons foram contaminadas pela COVID-19. Estudos científicos indicam que o visom-americano (Neovison vison) poderá ser um hospedeiro intermediário do SARS-CoV-2 (1) . Os cientistas também descobriram que o visom possuía proteínas de superfície das células hospedeiras que funcionam como recetores do SARS-CoV-2 e que se assemelham em 87% aos recetores humanos – o que significa que o visom poderia constituir um reservatório potencial do vírus de tipo SARS-CoV (2) .
Em 2004, diversos estudos científicos efetuados na sequência da pandemia do SARS-CoV-1 indicaram que os cães-mapache, as civetas-das-palmeiras e os furões eram portadores do vírus (3) . Atualmente, um virólogo alemão recomenda que se estude o cão-mapache como fonte possível da COVID-19 (4).
1. A Comissão considera que as criações de visons e de cães-mapache podem constituir um risco para a saúde pública por serem portadores de zoonoses, pelo que devem ser objeto de inquérito imediatamente?
2. Que medidas está a tomar a Comissão para avaliar os riscos zoonóticos associados às criações de animais destinados à produção de peles nos Estados-Membros?
3. Como tenciona a Comissão atenuar os riscos associados a esta atividade?
(1) https://www.biorxiv.org/content/biorxiv/early/2020/01/24/20
(2) https://link.springer.com/content/pdf/10.1007%2F978-0-387-33012-9_90.pdf
(3) https://doc.oie.int/dyn/portal/index.seam?page=alo&aloId=30359
Resposta escrita
A Comissão acompanha de perto a evolução da COVID-19, em especial nos Estados-Membros que registaram infeções de martas de criação pelo SARS-CoV-2, juntamente com as autoridades competentes. Embora tenham sido notificados casos esporádicos de infeção em cães, gatos domésticos e não domésticos e martas, não há atualmente elementos de prova de que os animais detidos desempenhem algum papel na epidemiologia da atual pandemia de COVID-19(1), cuja transmissão é essencialmente humana.
A Comissão está também em contacto assíduo com a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e acompanha as informações pertinentes sobre os aspetos zoonóticos da infeção pelo SARS-CoV-2 em todas as espécies epidemiologicamente relevantes.
A Comissão dispõe da delegação de poderes necessária e, no caso de doenças animais transmissíveis, incluindo as zoonoses, está preparada para adotar medidas de proteção de emergência, incluindo as que restrinjam, tanto quanto necessário, o comércio e as importações na UE de animais vivos e seus produtos.
(1) https://ec.europa.eu/food/sites/food/files/animals/docs/ah_covid-19_qandas.pdf
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