Pandemia de COVID-19: ensinamentos retirados e recomendações para o futuro

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• Sessão Plenária

Estrasburgo, 12 de julho de 2023 - Mesmo que a OMS tenha declarado o fim da pandemia em maio de 2023, ainda estamos a lidar com as suas consequências. Cerca de 36 milhões de pessoas sofrem de problemas de saúde a longo prazo após a infecção (COVID-longo), estamos no meio de uma epidemia de saúde mental (especialmente entre os jovens), estamos a lidar com uma grave escassez de profissionais de saúde, escassez de medicamentos , crescente ceticismo em relação aos governos, ascensão de teorias da conspiração, e saímos da pandemia com uma clara amplificação das desigualdades sociais existentes.

À medida que a pandemia se desenrolou, ela revelou algumas vulnerabilidades cruciais nos nossos sistemas democráticos, económicos e sociais e destacou a importância de uma boa liderança e de sistemas sociais e de saúde universais que funcionem bem. Embora o foco principal durante a pandemia tenha sido responder à crise da saúde e lidar com seus efeitos imediatos, as lições que aprenderemos coletivamente com essa crise são tão ou mais importantes. Claro, isso é de particular relevância para as gerações mais jovens. Eles herdarão os sistemas políticos e económicos que estão sendo reformulados na reação da pandemia.

Para o nosso grupo, a maior lição que deve ser aprendida é a percepção em larga escala de que as doenças transmissíveis são desencadeadas pela destruição dos ecossistemas. Estamos, portanto, satisfeitos por ver uma linguagem forte com recomendações claras sobre o reconhecimento e implementação da abordagem One Health e recomendações sobre a prevenção de futuras pandemias (melhorando a saúde ambiental, humana e animal, mas também diminuindo as desigualdades, como o acesso aos cuidados de saúde). Também estamos satisfeitos por ver uma linguagem clara para aumentar a transparência e a supervisão democrática das contramedidas pandémicas (tanto na UE quanto nos Estados-Membros), com recomendações claras para aumentar a transparência na futura aquisição conjunta de medicamentos.

No entanto, lamentamos a falta de uma condenação clara das disparidades globais no acesso a vacinas e outras contramedidas médicas que testemunhamos.

Votei contra dado que passaram alterações ao texto final que o tornaram insatisfatório.

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