Nova Gente: 'Palestina e Israel. Só juntos terão paz'
Primeiramente não posso ser indiferente ao sofrimento causado por um movimento terrorista em território Israelita, mas sobretudo à morte indiscriminada de civis e o rapto de tantos outros judeus para a faixa de Gaza. Não há como contornar. É repudiável esta acção terrorista e nada a justifica. Porém algo a alimentou.
O desespero gerado por um sistema de opressão que condena o território Palestiniano a estar separado (faixa de Gaza e Cisjordânia), que o cerca e estrangula, que expande colonatos ilegais e que bombardeia indiscriminadamente civil nestas áreas. Tudo à margem de acordos internacionais.
A desproporcionalidade do poder Israelita, seja a nível tecnológico (o sistema de defesa Iron Dome tem uma eficiência de 96% na intercepção de projécteis), económico (Israel tem o 27º PIB mundial e a Palestina está 116º), diplomático (com o apoio dos EUA, também através do Conselho de Segurança na ONU), militar (sendo uma potência nuclear não declarada e um dos maiores exércitos mundiais) e cultural (pois continuam com o respaldo da tragédia do Holocausto), faz com que seja irracional justificar boa parte do comportamento Israelita ao longo dos anos.
Assim, e partindo do princípio que Israelitas e Palestinianos têm direito de viver em paz e harmonia nesta região, todos os esforços devem ser dirigidos para travar Israel de invadir o norte da faixa de Gaza. Esta incursão não trará os raptados às suas famílias e causará muitos mais milhares de mortes desnecessárias. Neste período extremamente difícil exige-se uma liderança política em Israel que parece inexistente. Uma liderança que negoceie o retorno dos seus cidadãos, que exija um acordo de paz praticável com a autoridade palestiniana (não com o Hamas) e que garanta a desconstrução de um sistema de apartheid. É difícil, mas é imperioso.
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Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2023
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