JM Madeira: 'Eurodeputados Portugueses antecipam semestre ainda sob o signo da COVID-19'
As expectativas entre os eurodeputados portugueses das diversas forças partidárias relativamente à presidência portuguesa do Conselho da União Europeia variam, sendo, todavia, unânime a perceção de que a agenda será em muito condicionada pela pandemia da covid-19.
Em declarações à agência Lusa, deputados ao Parlamento Europeu (PE) das diferentes forças políticas nacionais consideram, ainda assim, que a presidência portuguesa no primeiro semestre de 2021 pode e deve ter a sua “marca” própria, ao mesmo tempo que gere dossiês incontornáveis e todas as atenções estão centradas na implementação bem sucedida do pacote de recuperação económica e social da Europa face à crise da covid-19.
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Por fim, o deputado Francisco Guerreiro, da família política dos Verdes – abandonou o PAN este ano -, disse estar “expectante mas não confiante” para ver como a presidência portuguesa irá “concretizar os trílogos em torno da Política Agrícola Comum (PAC), sendo que é a maior fatia do Quadro Financeiro Plurianual [cerca de 34.5%] e tem fortes impactos na transição ecológica da União Europeia”.
“Até ao momento as posições tanto da Comissão, como do Conselho e mesmo do Parlamento Europeu, na PAC, vão diretamente contra o Pacto Ecológico Europeu e as metas gerais para a descarbonização da UE. Será fundamental também saber se a Estratégia Europeia 'Do Prado ao Prato' e para a conservação da biodiversidade irão influenciar os resultados dos trílogos na PAC ou se apenas servirão para retórica política”, afirmou.
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