O eurodeputado Francisco Guerreiro (verde/ALE) promoveu um evento, esta quarta-feira, no parlamento onde apelou o fim da exploração de cetáceos para entretenimento como acontece no Zoomarine e no Jardim Zoológico de Lisboa.
Em comunicado é explicado que o evento teve como proposito “reunir diversas entidades, biólogos e organizações não-governamentais (ONG) para discutir a necessidade de a União Europeia (UE) promover o fim gradual da exploração de cetáceos para entretenimento humano, e da criação de santuários para o fim de vida condigno destes animais caso não haja a possibilidade de sobrevivência destes nos ecossistemas marinhos”.
No evento foram destacas algumas preocupações como é o caso das “condições não naturais em que são forçados a viver, resultando em problemas de bem-estar e na incapacidade de exibirem comportamentos naturais”.
Sobre o assunto, Francisco Guerreiro referiu que “temos uma grande linha de costa e o nosso país poderia posicionar-se na vanguarda da reabilitação destes animais, podendo até realizar parcerias com faculdades de biologia e atrair conhecimentos científico externo”.
“Pouco se aprende ao ver animais presos em aquários, ao contrário do prometido pelo Zoomarine e outros zoos; mas muito se pode aprender com a reabilitação destes animais e com a sua observação em ambiente natural”, comentou o Eurodeputado.
Francisco Guerreiro acrescentou ainda que “amanutenção de cetáceos em cativeiro é cruel. Nenhum dos delfinários da UE cumpre os requisitos da Diretiva 1999/22/EC, incluindo o Zoomarine e o Zoo de Lisboa. Devemos acabar com estas atrações arcaicas em Portugal e na União Europeia, e enfatizar a proteção na natureza destas criaturas altamente inteligentes”,
Por sua vez, a porta-voz da ONG Dolphinaria Free Europe, que apresentou um estudo com recomendações, sublinhou que “há décadas que golfinhos, baleias e botos têm sido forçados a atuar em circos pela recompensa de peixes mortos, enquanto vivem em tanques estéreis de cimento. As evidências científicas são conclusivas: os cetáceos sofrem em cativeiro”.
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