Um só Planeta: 'Danos causados pela mineração em águas profundas é tema de discussão na Conferência dos Oceanos'
Por um lado, governos defendem que a mineração é importante para acelerar a transição para energias renováveis. Por outro, comunidades e pesquisadores dizem que a ação é prejudicial para o clima e os ecossistemas marinhos
Nesta quinta-feira (30), dois painéis na Conferência dos Oceanos em Lisboa discutiram os danos ambientais causados pela mineração nas águas profundas. A questão é complexa: por um lado, governos defendem que a mineração é importante para acelerar a transição para energias renováveis, para a produção de baterias, por exemplo. Por outro, comunidades, principalmente do Oceano Pacífico, dizem que a ação é prejudicial para o clima e os ecossistemas marinhos.
Maureen Penjueli, coordenadora da Pacific Network on Globalisation, disse que muitas comunidades nas ilhas do Pacífico já sentem os danos. Ao longo do painel, pessoas da região trouxeram relatos de que já sentem os efeitos da mineração: “É real. Está acontecendo, mas o problema não é visto, porque acontece lá longe”, explicou Maureen.
Maureen também afirmou que o envolvimento das pessoas é importante. “Hoje, com os nossos celulares e as redes sociais, podemos ter voz. Eventos como o de hoje também são importantes para a visibilidade do problema”, complementou a especialista.
O tema já chegou ao Parlamento Europeu. O deputado português Francisco Guerreiro, um dos painelistas, disse que há cada vez mais atenção para a causa, mas que ela ainda divide opiniões de governos no continente.
O político defende que exista uma pausa para liberação de novas licenças de mineração. “O que queremos é a prorrogação de um prazo, com mais discussões científicas, para que consigamos pressionar a União Europeia a proibir totalmente a prática”, informou o parlamentar.
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