Assassinato de Daphne Caruana Galizia e o primado do Direito em Malta
Vê aqui as declarações de voto de Francisco Guerreiro para a sessão plenária de 26 e 29 de abril de 2021.
Assassinato de Daphne Caruana Galizia e o primado do Direito em Malta (B9-0219/2021)
Votei a favor desta resolução por recordar a morte da jornalista e activista Daphne Caruana Galizia.
Daphne Galizia investigava casos de corrupção na elite política e empresarial de Malta quando foi assassinada em Outubro de 2017 com um engenho explosivo colocado no seu automóvel.
A jornalista desenvolvia uma investigação que abarcava políticos malteses, incluindo o primeiro-ministro, a partir de revelações dos “Panama Papers”, havendo explicitado que o então ministro com a pasta da Energia e o chefe de gabinete do primeiro-ministro, terão recebido cerca de dois milhões de euros de uma empresa do Dubai de proveniência “dúbia”.
Desde então os desenvolvimentos judiciais têm sido parcos, ao que se agrega a difusão de novos dados que dão conta do envolvimento de ministros e políticos neste hediondo crime, o que suscita dúvidas quanto ao respeito escrupuloso dos ditames do Estado de direito democrático por parte desta nação.
Destarte, deve a União pugnar pelo apuramento cabal de todas as responsabilidades na morte da jornalista em crise, apurando se existe efectiva independência do aparelho judicial face ao poder político e garantindo que todas as alegações de corrupção e fraude apontadas ao alto nível político, são investigadas e processadas com o todo o rigor.
Actividade do Provedor de Justiça Europeu – relatório anual 2020
Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2022
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